A tecnologia Blockchain é a principal base das moedas criptográficas. Diante disso, decidi trazer 4 tipos de blockchains para você entender mais sobre as outras aplicações descentralizadas que essa tecnologia é capaz. Setores como finanças, saúde, jogos, entretenimento, o universo de apostas e até mesmo na gestão da cadeia de fornecimento.
A blockchain é uma tecnologia inovadora e está revolucionando a forma como registramos e verificamos transações virtuais.
Transformação. Todas as redes baseadas na estrutura blockchain estão transformando a forma como as suas atividades são executadas. Empresas em todo o mundo devem aderir a blockchain em seu organograma executivo.
Tudo por que, a capacidade da blockchain de fornecer um registro imutável e confiável é o seu maior potencial, transformando diferentes setores e trazendo eficiência, transparência e segurança.
Vantagens
Uma das principais características, sem dúvidas, é o fato de que esse sistema elimina totalmente a necessidade de intermediários no processo bancário. Isso significa dizer que você não precisa pagar para que bancos ou instituições financeiras processem as suas transações.
E mais, as criptomoedas já podem ser enviadas diretamente para qualquer pessoa no mundo, a qualquer momento, de qualquer lugar, basta ter acesso às redes e internet.
Outro fator vantajoso é a transparência. Temos os Blockchains públicos que são softwares de código aberto, onde qualquer um pode visualizar as suas transações, além de ter acesso ao código-fonte.
Desvantagens
Tudo na vida apresenta desvantagens e o impacto ambiental infelizmente é o primeiro da lista. Dados do índice CBECI indicou que a mineração de bitcoins em todo mundo chegou a consumir 86,6 terawatts (TWh) por ano. Isso é um consumo de energia mais alto que o de países inteiros – Bélgica (81,2 TWh) e Finlândia (79,4 TWh).
Essa segunda desvantagem está totalmente ligada com uma das maiores vantagens da blockchain: você tem o total controle de suas transações. Curioso dizer que isso também é uma desvantagem, mas temos que estar ciente de que isso significa que, caso venha a perder as chaves que dão acesso a sua carteira não possui um recurso de recuperação de conta.
4 tipos de blockchain
1. Blockchain público
Estas são blockchains de redes totalmente abertas e descentralizadas que podem ser acessadas por qualquer pessoa. Por exemplo, na blockchain do Bitcoin, o usuário deve pagar uma taxa para a rede de computadores e assim confirmar que a sua transação é válida. Nessa situação, o valor entra numa espécie de “fila” que leva para os blocos.
Por isso, estamos habituados a dizer que uma blockchain pública funciona por meio de mecanismos de consenso. Entenda, trata-se de um processo de validação de transações onde terceiros conferem a disponibilidade das moedas no livro central. Dentro desses mecanismos, os mais populares são os PoW e os PoS.
- Proof-of-Work (PoW): Um termo técnico conhecido como “mineração de criptomoeda”. Isso ocorre porque o PoW é baseado em criptografia usando equações matemáticas que somente computadores podem resolver. Então, falando sobre o meio ambiente: mineradores de todo o mundo têm dezenas de milhares de máquinas rodando simultaneamente para validar o livro blockchain e se beneficiar das recompensas obtidas ao longo do caminho. Hoje é usado principalmente em Bitcoin.
- Proof-of-Stake (PoS): Um validador é selecionado para processar transações, armazenar informações e adicionar blocos, embora algoritmos criptográficos também sejam usados para autenticação. Como “pagamento”, os validadores recebem juros.
2. Blockchain privado
Esse é um espaço que, como o próprio nome indica, apresenta algumas restrições de acesso. Logo de início, quem deseja ingressar precisa solicitar a permissão do administrador do sistema. Geralmente essa blockchain é liderada por uma entidade, por isso podemos inferir que é um tanto centralizada. Um exemplo de blockchain privado (e com permissão) é o Hyperledger da Linux Foundation.
3. Blockchain híbrida
Com todo produto e serviço híbrido, esta é uma combinação de blockchain público com privado. Logo, existem alguns recursos centralizados e outros descentralizados. Como exemplo, temos a Energy Web Foundation, Dragonchain e R3.
4. Sidechains
Também conhecida como cadeia lateral, esta é uma forma de blockchain que funciona em paralelo a uma blockchain principal, geralmente referida como mainchain. Sidechains foi projetada para realizar transações e executar contratos inteligentes de forma independente, diminuindo a carga da mainchain e promovendo a implementação de recursos e funcionalidades específicas. A funcionalidade de uma sidechain implica a transferência de ativos ou dados da mainchain para a sidechain e vice-versa. Um exemplo é a Liquid Network.