Conteúdo atualizado a 09/01/2024
Guiriba é research no @ParadigmaEdu e copy @ShapeShiftDAOBR @gnarsdao. Na nossa entrevista, falou bastante sobre os projetos que faz parte, NFTS interessantes, regulamentação do Bitcoin e previsões futuras para as criptomoedas.
Tabela de Conteúdos
1 – Guiriba, me conta um pouco sobre a sua formação e como você começou a trabalhar com a web 3.
Eu me formei em Direito em 2020 e, na faculdade, eu já fazia algumas umas pesquisas de iniciação científica em relação à regulação do Bitcoin e etc.
Então, em 2020, eu comecei a estudar um pouco mais sobre DeFi e a entender como que os protocolos se organizavam e o que são DAOs. Foi nesse momento que eu comecei a realmente entrar no universo cripto, porque eu era muito só bitcoin.
Comecei, então, a entender um pouco mais da Ethereum, sobre o que são os protocolos DeFi e como é que ele cria um sistema financeiro além do que a gente já conhece. E aí eu comecei a me interessar e resolvi que eu precisava não só investir, mas também trabalhar com isso.
2- Você trabalha no Paradigma, que tem como uma das frentes o Paradigma Pro, 1ª casa de research de cripto do Brasil. Conta pra gente um pouco como funciona o trabalho de research de cripto e quais funções desempenha.
Então, no Paradigma fazemos pesquisas de temas além do investimento. A gente tem uma carteira de cripto que pode aportar e etc, mas tentamos, também, entender como funcionam os protocolos, o que pode implicar numa nova narrativa futura.
Portanto, fazemos pesquisa sim, como outras casas de reserarches fazem, mas a ideia maior é conseguir prever o que vai acontecer em 2024/2025, por exemplo, e também entender como essas coisas se organizam não só do ponto de vista de economia em si, mas quem está por trás do projeto e qual é o potencial que tem.
3 – Outra frente da Paradigma é o 7 dias de bitcoin, que é o primeiro curso por e-mail do Brasil sobre bitcoin. Você pode nos contar um pouco sobre o curso, como ele funciona e para quem é indicado?
Então, o 7 dias de bitcoin de funciona, basicamente, como uma newsletter em que, quem assina, recebe conteúdo por 7 dias para aprender um pouco sobre bitcoin. É uma forma bem lúdica de entender o que é soberania financeira, quem é Satoshi, por ter que o Bitcoin é importante não só do ponto de vista de ser um ativo escasso e que pode substituir o ouro, mas também uma forma de dar liberdade para as pessoas, entre outros.
Então, a newsletter tem esse ponto de vista de investimento, pois o Bitcoin tem esse potencial de valorização, mas também tem esse aspecto ideológico do Bitcoin. Para quem é Bitcoiner, apaixonado por Bitcoin, gostamos de tentar transmitir essa cultura na newsletter.
4- Outra DAO que você também faz copy é a Shape Shift. Conta um pouco pra gente sobre o que é essa DAO.
Então, a Shape era uma corretora centralizada, só que em 2013/2014, pivotou para uma DAO, porque o Eric, que é o fundador, tinha essa vibe de descentralização, e ele via que ter uma corretora não estava alinhada a essência da Ethereum.
E aí a comunidade da Shape viu que não faria sentido manter a empresa e se fundou em 2021, a DAO. Se lançou o token de governança e, a partir de então, todas as decisões da DAO são realizadas a partir de quem tem o token.
A Shape Shift, atualmente, é uma plataforma que oferece vários serviços para a galera fazer swap, fazer bridge, prover liquidez em pool, pra ter um yield, uma renda passiva, tentando sempre oferecer para as pessoas uma plataforma em que não é cobrado cobrar taxa nenhuma. Essa é a narrativa.
6 – Quais são alguns projetos de NFT mais interessante que você vem acompanhando?
Eu gosto muito de arte, então acompanho muito. Tem um artista que chama ripcache, que é um artista anônimo e tem uma estética mais cyberpunk, meio maluca e eu gosto muito das obras dele.
Tem também um cara que se chama Willian Mapan, que criou a coleção chamada Anticyclone, e o DEAFBEEF, que é um artista que mescla um pouco da arte física com a arte digital.
7 – Como você vê o futuro das criptomoedas em relação aos sistemas financeiros tradicionais?
Tem um artigo bem interessante de 2014 sobre a hiper bitcoinização e a ideia é que o Bitcoin vai substituir as moedas fiduciárias porque vai chegar um ponto que a inflação de todas não vai prestar. Os governos vão emitir títulos de dívida em Bitcoin e não em Dólar ou Yuan, por exemplo. É um conceito bem utópico que bitcoiner maximalista gosta, mas que eu também gosto.
Não sei se vai rolar nos próximos dez anos, mas eu gosto de acreditar. Eu acho que o bitcoin tem mais credibilidade do que o sistema financeiro tradicional, como a gente conhece, como os bancos centrais, etc. Então eu acredito que pode superar.
8 – Qual é a sua opinião sobre a regulamentação das criptomoedas?
Eu acho que a regulamentação precisa ser construída com a comunidade. Uma comparação que eu faço muito é com a LGPD, que é a Lei Geral de Proteção de Dados, que foi construída junto a sociedade civil, que é realmente quem faz pesquisa em instituto e faculdade, etc. Então, se você constrói uma legislação junto com quem faz parte, é muito mais fácil de funcionar.
Eu não curto muito regulamentações, mas se for para existir, acho que o ideal seria unir pessoas que estão no meio para conseguir uma regulamentação que seja adequada.
9 – Qual é o seu conselho para iniciantes que estão considerando investir em criptomoedas, com segurança, pela primeira vez?
Eu acho que o ideal é começar com Bitcoin e Ethereum. Eu ensinei a minha mãe a comprar Bitcoin na Nubank e ela compra todo mês: pega um pouquinho do salário e compra. Por quê? Porque eu sei que aquilo ali não vai dar errado. O resto não tenho certeza. E eu acho que o ideal também é investir, mas também estudar para não ficar dependendo da informação alheia, para não ficar refém do que outras pessoas falam que você tem que fazer.