Conteúdo atualizado a 28/11/2023
Como todos sabemos, a Blockchain é uma tecnologia disruptiva e que gerou imensa atração por entre várias pessoas espalhas pelos mais variados setores. Tanta atenção acabou por criar mitos da descentralização, muitos deles positivos. Contudo, está longe de ser perfeita!
Com efeito, há várias situações em que verificamos que a Blockchain acaba por não responder a necessidades do presente. Ou seja, às vezes a centralização não é a melhor resposta. Nesse artigo mostramos quatro motivos que podem levar você a perguntar: “A descentralização é benéfica?”.
Neles abordaremos temas desde a regulação, ambiente e até questões relacionadas com a velocidade e do quão acessíveis são os seus benefícios.
4 Mitos da Descentralização
Custo ambiental
Ele existe. Pelo menos da forma como está sendo utilizado nos dias de hoje.
Com efeito, a Blockchain está depende de criptografia para proporcionar a segurança característica a essa tecnologia e gerar consensos dentro da rede.
Ou seja, é necessário “provar” que um usuário tem permissão para criar na blockchain, tem de existir execução de algoritmos complexos, o que acaba por gerar grandes quantidades de poder de computação.
Como é fácil de perceber, isso tem um custo. Conforme foi apurado recentemente, a Bitcoin, por exemplo, necessita de um poder de computação equivalente à energia consumida em mais de 100 países.
E se por um lado, a blockchain do Bitcoin é uma rede extremamente valiosa e exige uma segurança sofisticada e intensa em termos de computação. Também é verdade que gera os seus custos… ainda que isto possa ser atenuada caso seja usada energia renovável.
Falta de regulação
Ao contrário do setor financeiro tradicional, ainda não há regulação suficiente a proteger so respectivos utilizadores, o que condiciona a atuação nesse ambiente que, como sabemos, ainda é demasiado volátil (traz suas oportunidades e seus desafios).
Este é, de facto, um problema significativo inerente ao Bitcoin ou outras redes de blockchain baseadas em valor.
Veja também: Regulação de criptomoedas não prevê taxação
A ausência de supervisão regulatória, golpes e manipulação de mercado não são propriamente comuns, mas há mais espaço para que isso aconteça.
Já falamos de alguns deles nos nossos artigos, conforme você pode verificar nos artigos que escrevemos acerca dos casos com Mark Cuban, com a Tailândia ou com outras celebridades.
A verdade é que tal como aconteceu com muitas áreas de tecnologia nos últimos anos, os legisladores não conseguiram acompanhar o ritmo dos hackers (ou golpistas, se preferir), fazendo com que uma grande quantidade de pessoas acabassem por se tornar vítimas, impulsionadas pelo famoso FOMO – Fear of Missing Out ou medo de ficar de fora.
Dificuldade em usufruir dos benefícios
Quando fazemos um esforço para perceber os princípios da criptografia percebemos que suas aplicações potenciais são evidentes. Porém, é necessário investir tempo em leitura para que o “cidadão comum” possa ver a utilidade potencial da blockchain. E se é certo que isso pode acontecer, também, no sistema financeiro tradicional, é verdade que você dispõe do auxílio de um intérprete, seja ele seu gestor bancário, seu contabilista ou até um amigo especializado em finanças. A verdade é que o conhecimento do sistema financeiro tradicional está mais acessível.
Voltando aos benefícios do blockchain, fala-se que a tecnologia poderá substituir alguns recursos intermediários tradicionalmente fornecidos pelo setor de serviços financeiros, nomeadamente a compensação de pagamentos e a prevenção de fraudes. Ora, isto, poderá fazer baixar os preços do setor financeiro tradicional associados a serviços desse tipo.
Velocidade do serviço
Devido à respectiva complexidade e natureza de criptografia, as transações de blockchain podem ser mais lentas.
Com efeito, algumas das transações de Bitcoin podem levar algumas horas até ficarem finalizadas, colocando em causa a tal ideia de pagamento imediato… sobretudo quando se fala em compras quotidianas como um jornal ou, vá lá, saco de baguetes. Aqui, entra também a questão da ausência de adoção.
Estratégias de investimento: Diversificação de portefólio nem sempre é o melhor
O princípio teórico aplicado às redes de blockchain evidencia que são usadas para algo diferente de um armazenamento de valor. Por exemplo, serão aplicadas em transações de registro ou interações num ambiente de IoT. Ora, estas cadeias poderão tornar-se lentas e difíceis de utilizar à medida que se aumenta o tamanho e o número de computadores.
Esse problema poderá ser resolvido com avanços na engenharia e nas velocidades de processamento, porém, esse continua sendo um problema que não está presente no sistema financeiro tradicional.