Conteúdo atualizado a 11/09/2023
Recentemente fomos testemunhas de mais uma façanha do excêntrico Elon Musk com a mudança do nome Twitter para X, mas o que poucos sabem é que esse desejo é de longa data. Desde 1999 que Musk manifesta um desejo incontrolável pelo X como marca, e com ele pretende desenvolver um aplicativo completo similar ao WeChat da China.
Desde a compra do Twitter, Musk vem, gradativamente, transformando a plataforma, sendo a mudança de nome considerada a mais surpreendente, até o momento. Mas será que valerá o risco deixar o passarinho sair da gaiola?
Veja a caça ao tesouro de Musk, a saga e trajetória até o ponto X do seu mapa.
Tabela de Conteúdo
Ponto X – Origem do X.com e do Paypal
Com a venda de sua primeira startup, um guia de cidades online, criada em 1995, Musk inicia seu segundo projeto, a X.com, uma empresa de serviços bancários e financeiros online em 1999. Neste momento começa a revelar a sua obsessão pelo X.
O objetivo de Musk era que o X.com fosse uma espécie de hub online para qualquer tipo de transação financeira no mundo e que estaria habilitada, inclusive nos caixas ATM. O que para a época era uma grande inovação.
Seu único concorrente, que compartilhava o mesmo espaço de trabalho nos escritórios de Palo Alto, era a startup Confinity, criadora da PayPal, nome que se tornou amado rapidamente. Mesmo assim, para Musk, X ia transformar o mundo financeiro, por isso tinha que vir antes de qualquer coisa, então decretou que com a fusão o nome passaria a ser X-PayPal.
Foi justamente na fusão da X.com com a Confinity que tudo veio à tona. Musk mostra desdém por marcas queridas, começa a ser marcado por decisão impulsivas, o que o afastou de aliados e a sua visão para o início do que seria o seu percurso em direção ao “app para tudo”.
Por que essa insistência com o X?
Para Musk o X está relacionado com um tesouro, como sendo o ponto de marcação do local onde irá encontrá-lo. Mas mesmo com evidência de que a letra X remete para outros contextos, de conteúdo adulto, Musk se manteve inabalável e irredutível à sua crença.
Pagando um preço alto, ele foi derrubado do cargo de CEO da X-PayPal, sendo retirado o nome X e passando a ser chamado de PayPal.
Anos e anos se passaram, mas o seu desejo se manteve. Por razões sentimentais, em 2017 Musk comprou o domínio X.com de volta da PayPal, e pode-se dizer que a compra do Twitter é seu projeto pessoal para realizar o seu sonhado plano.
No poder do Twitter, a recuperação do sonho X
A aquisição do Twitter por Musk foi marcada pelo tweet em que afirmou que a compra iria acelerar a criação do X, o aplicativo para tudo.
Desde quando Musk assumiu o Twitter, vem travando uma luta financeira, isso em consequência de uma dívida de US$13 bilhões por decisões ruins do próprio Musk, além da redução em 50% da receita em publicidade pela moderação de conteúdo.
Segundo a Bloomberg Billionaires Index, com base na avaliação da Fidelity, o investimento de US$44 bilhões está valendo US$8,8 bilhões. Algo que não chega a incomodar o bolso de Elon Musk, que aumentou sua riqueza em mais de US$48 bilhões em meio ano, apenas com a valorização das ações da Tesla Inc.
Mesmo que o Twitter, agora X, tenha sido avaliado pela Fidelity com uma gigantesca desvalorização, de mais de 60%, Musk acredita que a empresa poderá chegar a US$250 bilhões de valor de mercado.
Para Musk a repaginada no Twitter está tão acelerada que poderia “ser considerada uma startup invertida”.
Mais perto do tesouro. Ou não?
O mundo seguiu seu rumo, as redes de pagamento digital como Samsung Pay e Apple Pay, são vastamente utilizadas pelos consumidores, mas para Musk, X não se resume a um ou poucos recursos.
Com a troca de nome, todos estão ansiosos pelas mudanças e transformações de uma plataforma já consolidada. Especialistas inclusive acreditam que poderá ser implementado pagamento com criptomoedas, como a Bitcoin, Doge e Ether, já nos próximos meses.
A Ásia oferece um cenário de internet bastante peculiar, onde os maiores serviços e redes sociais são bloqueados, como é o caso do próprio Twitter e Google. Justamente por esse fator que os “aplicativos para tudo” deram tão certo por lá, o que não acontece no ocidente, forjando um cenário bastante oposto ao que Musk enfrenta em seu sonho X.
Ainda assim é uma excelente ideia. Seria realmente prático unir as notícias mais frescas que estão acontecendo no mundo, sacar um dinheiro ou pagar pelo app, trocar mensagens com seus amigos, fazer uma reserva de restaurante e até mesmo chamar um carro, tudo no mesmo aplicativo.
Até o momento uma coisa é certa, o X continuará sendo uma rede social de origem, com melhorias robustas como aumento de caracteres e duração de vídeos postados por usuários Blue.
De qualquer forma acredito que o ganho de confiança em seu “aplicativo para tudo” está longe de ser conquistado, afinal, se a verificação de usuário passou a ser comprada, como confiar para realizar transações financeiras? Por aqui nem o WhatsApp emplacou quando implementou transferência de dinheiro entre usuários.
Fato é que o X (Twitter) tem recebido duras críticas desde que Elon Musk assumiu a sua gestão e isso é só o começo.
Aqui nós vamos continuar acompanhando a saga de Elon Musk com o X e observar se vai conseguir reconectar os Xs milhões de usuários que estão por aí.