Conteúdo atualizado a 24/09/2024
Como sabem, os especialistas da BR Cryptos estão sempre em busca de novas maneiras de gerar renda extra e diversificar seus investimentos no universo das criptomoedas. Uma das alternativas mais populares para isso são os jogos de cassino, tanto como fonte de entretenimento quanto como oportunidade de investimento.
Tabela de Conteúdos
SBC Summit Lisbon 2024: Fique atento…
O SBC Summit Lisbon 2024 é o ponto de encontro para líderes globais em apostas esportivas e iGaming, onde o futuro do setor é discutido, conhecimentos são partilhados, e valiosas conexões são estabelecidas. A BR Cryptos, claro, marcará presença neste evento de grande importância.
O SBC Summit contará com mais de 450 palestrantes, que compartilharão sua experiência e conhecimento em conferências dinâmicas. Além disso, os participantes poderão explorar um salão de exposições de 100.000 m² e conectar-se com cerca de 25.000 profissionais do setor.
Ao adentrar o salão de exposições, os visitantes encontrarão 600 expositores apresentando as últimas inovações da indústria, divididos em zonas temáticas, como a Casino & iGaming Zone, Sports Betting Zone, Player Protection Zone e a ESI Lisbon – Esports, Gaming & Creators Zone.
Navigating the Frontier: Crypto Trends, Bonuses, and Innovation in Casinos
Este painel discute como as criptomoedas, os bónus e a incessante busca por inovação estão transformando as experiências dos jogadores, oferecendo bónus mais atrativos e uma experiência mais envolvente.
Anastasia Rimskaya, Chief Account Officer da Aviatrix, destaca que o esta mesma deve ser visto como um serviço, e não apenas como um produto. Mais do que um simples jogo, ele cria envolvimento, permitindo que os jogadores ganhem NFTs. Os jogadores retornam frequentemente, pois o jogo é altamente personalizado, permitindo-lhes ter controle sobre a experiência. A diferença entre os jogadores desse estilo de jogo e os típicos jogadores de slots é evidente: enquanto nas slots é a máquina que decide quando parar, nos jogos como Aviator, é o jogador quem escolhe o momento de saída. Essa simplicidade e interatividade são o que tornam o jogo tão popular.
“Os bónus tradicionais são chatos”
João Dias
João Dias, Chief Architect e Co-fundador da Mill Adventure, cuja empresa desenvolveu jogos baseados em mecânicas de crash, critica a abordagem conservadora dos casinos, que priorizam a regulação de bónus antigos em detrimento da inovação. Ele sugere que seria mais interessante se os casinos se voltassem para videojogos como CS, integrando elementos de apostas nesses ambientes, uma das principais discussões do SBC Summit.
Harald Pia, Founder & CEO da AGETARE AG, defende que o verdadeiro segredo dos casinos está no entretenimento e propõe um sistema similar ao da UFC, que une entretenimento com um forte senso de comunidade.
“Nunca pedir dinheiro ao jogador, pedir o tempo deles. Se conquistarmos o tempo do jogador, conquistamos o dinheiro dele.”
Harald Pia
Val Makovetskii, CEO da Maincard.io, concorda que os jogadores atuais buscam mais competição e sentido de comunidade; não estão interessados apenas em jogar. Ele também ressalta que os casinos subestimam o poder das plataformas de comunicação, como Telegram e WhatsApp, para engajar esses jogadores.
Jack Everitt, Co-fundador da thndr, acredita que o futuro do setor pode estar no modelo em que os jogadores funcionam como “a casa”, com a liquidez partilhada entre eles. Ele levanta a questão: “E se removermos totalmente os depósitos?” Essa ideia já foi testada, representando uma reviravolta na abordagem dos casinos, que tradicionalmente focam na obtenção de depósitos e em bónus atrelados a eles. Ele continua: “E se os jogadores forem a casa?” – um conceito viável com o uso de contratos inteligentes.
Embora os casinos ainda estejam hesitantes ou restritos no uso de criptomoedas por questões regulatórias, Val acredita que, à medida que os provedores de pagamento avançarem na adoção de cripto como forma de pagamento, os casinos inevitavelmente seguirão essa tendência.
Por fim, Harald não tem dúvidas: o futuro dos casinos passa pelo metaverso e pelas criptomoedas. As gerações mais jovens querem participar ativamente na evolução dos jogos e escolher os prémios que recebem, reforçando a necessidade de adaptação da indústria.
Safer gambling and social media: influencing the influencers
Hoje em dia, todos os casinos buscam parcerias com influenciadores – sejam eles embaixadores, jogadores profissionais, microinfluenciadores, celebridades ou superestrelas. No entanto, a escolha desses influenciadores deve ser feita cuidadosamente, considerando diversos fatores, com especial atenção aos valores que eles promovem.
Isso é especialmente crítico no caso de transmissões ao vivo (streaming), onde o casino não tem controle sobre o que acontece em tempo real. Savvas Iliopoulos, especialista em Jogo Responsável e Proteção ao Jogador na OPAP SA, afirma que “o jogo responsável não é apenas importante para os jogadores, mas também para a sustentabilidade dos próprios casinos.” Não é suficiente apenas colocar um aviso de responsabilidade nos conteúdos dos influenciadores; é necessário ir além. Iliopoulos destaca a falta de regulamentação legal nesse sentido, o que dificulta o controle sobre o que pode ou não ser promovido, e a criação de um ambiente mais seguro. Ele compara a situação com a publicidade na TV, onde existem regras claras a serem seguidas.
David Foster, Diretor de Assuntos Regulatórios Internacionais na Entain, menciona o Brasil como um exemplo interessante, onde, apesar da ausência de regulamentação, os operadores de casinos recorrem ativamente aos influenciadores. Foster defende que o jogo não deve ser promovido como uma forma de ganhar dinheiro, mas sim como uma atividade de entretenimento. No entanto, muitos casinos não têm tempo suficiente para analisar adequadamente os influenciadores e garantir que seus valores estão alinhados. Isso leva a problemas como os ocorridos no Brasil, onde celebridades promoveram de forma inadequada promoções e casas de apostas duvidosas.
Em contrapartida, na Grécia, os casinos uniram-se recentemente em uma campanha com influenciadores para promover o jogo responsável. No entanto, Foster acredita que os códigos de conduta dos casinos não são suficientes para controlar o que os influenciadores fazem. Ele cita o caso da Itália, onde três influenciadores foram multados pelo regulador de mídia na última semana. Segundo Foster, esse tipo de fiscalização protege os casinos, os influenciadores e, principalmente, os jogadores.
De maneira geral, os participantes da referida palestra da SBC Summit 2024 Lisbon concordam que há falta de controle na publicidade, além de problemas éticos por parte de alguns influenciadores, cujo foco está mais no engajamento do que na transparência. Também se nota uma falta de clareza por parte dos próprios casinos. Na Alemanha, apenas operadores licenciados podem fazer publicidade paga no Google. Já na Espanha, está em desenvolvimento uma lei que regulamentará o uso de influenciadores em várias áreas, como moda, restauração e jogos de azar, mostrando que os países estão começando a reconhecer a importância de regular a atuação dos influenciadores, não apenas as marcas.
Além disso, as próprias plataformas têm alguma responsabilidade na luta contra o mercado negro. O TikTok, por exemplo, proibiu o conteúdo de jogos de azar, mas na prática, isso ainda não acontece de maneira eficaz, como se comentou no SBC Summit.. No Brasil, a pressão midiática negativa cresce, especialmente devido ao uso inadequado do marketing de influenciadores, como foi o caso de Neymar, que promoveu um casino não regulamentado.
Nos Estados Unidos, em alguns estados, os influenciadores de casinos são obrigados a divulgar suas folhas de ganhos e perdas, assegurando total transparência em suas promoções.
Crypto capital: making sense of regulation
O moderador, Mark Grech, fundador da ProdMark 365, abre a conferência com uma “afirmação”, sugerindo que os casinos devem adaptar-se para atender a esse público.
Todos os investidores em criptomoedas são, de certa forma, jogadores
Mark Grech
Os cinco palestrantes presentes concordam que a regulação do mercado de pagamentos com criptomoedas é essencial, pois este não desaparecerá. Na verdade, eles acreditam que, dentro de cinco anos, as criptos terão um papel de grande relevância. Assim, é preferível que as criptomoedas sejam integradas ao mercado regulamentado (o chamado “mercado branco”), em oposição ao mercado ilegal ou desregulado.
Jean Michel Azzopardi, líder da filial de Malta da BitAngels, alerta que estamos tentando interpretar o capital cripto como se fosse uma moeda tradicional, o que considera um erro. Embora a regulação ajude a legitimar as criptomoedas, ele sugere que precisamos de uma nova abordagem para seu uso e regulamentação.
Ao longo da SBC Summit Lisbon, o tema central foi claramente a necessidade de regulação no setor das criptomoedas – a palavra “regulação” dominou as discussões.