Conteúdo atualizado a 20/12/2023
No domingo passado, dia 17, o programa Fantástico, transmitido pela TV Globo, trouxe à tona uma denúncia relacionada às atividades de jogos de azar da plataforma Blaze. A emissora destacou que a casa de apostas encontra-se sob investigações policias devido à suspeita de oferecer um serviço considerado ilegal, assim como diversos influenciadores.
De acordo com a matéria, a investigação teve início depois que alguns apostadores reclamaram de não receberem quantias consideráveis da plataforma. A Blaze justificou esses atrasos como problemas na conta dos usuários ou até mesmo uma possibilidade de fraude, alegando assim a impossibilidade de realizar o pagamentos dos valores ganhos por meio dos jogos.
Até agora, a ordem judicial determinou o bloqueio de aproximadamente R$100 milhões veiculados ao “jogo do aviãozinho”, um dos jogos de azar da plataforma Blaze, e exigiu a suspensão das operações do site. Neste jogo, o jogador ganha dinheiro à medida que um “avião “avança na tela e deve decidir parar antes que a palavra “Crashed” seja exibida.
Curiosamente, muitos dos apostados foram introduzidos à plataforma Blaze por meio de divulgação feita por influenciadores. Entre os influenciadores estão Juju Salimeni, Juliana Ferrari, Jon Vlogs, Viih Tube, Mel Maia, Rico Melquiades, Mc Kauan, entre outros. Felizmente existem alternativas viáveis, e que inclusive permitem apostas com criptomoedas.
Tabela de Conteúdos
Qual o motivo pelo qual a Blaze está sob investigação e quem são os proprietários da plataforma
Os jogos de cassino são proibidos no Brasil e considerados jogos de azar. Sendo assim, conforme destacado na reportagem do Fantástico, tanto os influenciadores quanto empresas e apostadores podem sofrer algum tipo de penalidade.
Quando se fala em jogos de azar, é importante destacar que trata-se de atividades de entretenimento, como cassinos, em que o resultado é determinado predominantemente pela sorte, acaso ou aleatoriedade, ao invés de estratégia ou habilidade. Sendo assim, há uma ilusão de ganhos, que podem resultar em consequências realmente graves, como vício e depressão.
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Vale destacar, ainda, que apesar de ter sede em Curaçao, no Caribe, a Blaze opera de maneira discreta, deixando poucas pistas e não contando com representação legal no país.
A verdadeira identidade dos proprietários da plataforma permanece misteriosa e ainda há um caso interessante: em agosto deste ano, durante depoimento à CPI da Pirâmides Financeiras, Andrés Rudes, presidente do Santos, equipe que conta com a Blaze como patrocinadora máster, disse não saber quem são os verdadeiros donos da empresa.
É importante dizer, também, que a Blaze se descreve como uma plataforma de apostas esportivas, uma atividade permitida no Brasil, mas ainda não regulamentada.
Blaze e a relação com os influenciadores
Grande parte do reconhecimento da Blaze no Brasil foi construída por meio de uma campanha de marketing digital em que usou uma série de influenciadores com milhões de seguidores, como Carlinhos Maia, Neymar e Felipe Neto.
Jon Vlogs, influenciador que divulgou a plataforma e que houve a especulação de que fosse um sócio da empresa, foi um dos acusados de receber ganhos a partir das perdas dos apostadores. Em entrevista a renomada revista Exame, o influenciador disse que o contrato com a Blaze é igual ao de qualquer outra marca, ou seja, um número definido de stories e vídeos por um valor definido.
Entretanto, além de seu papel como influenciador, Vlogs também é proprietário da Hype Bud, uma agência de influenciadores responsável pelas estratégias de influência da Blaze no Brasil e que gerou R$100 milhões no ano passado.
Defesa da Blaze: O que diz o comunicado oficial da empresa em resposta às acusações?
Em comunicado oficial ao público, a Blaze, plataforma de apostas online operada pela PROLIFIC TRADE N.V e licenciada em Curaçao, afirmou seguir regulamentações locais e ser reconhecida no mercado.
A empresa contestou as acusações da reportagem do Fantástico, mencionando que são inconsistentes, e que já houve pedido de arquivamento do Ministério Público em relação aos supostos delitos de estelionato e crime contra a ordem econômica.
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Além disso, afirmou que o bloqueio do site já foi revogado pelo Juiz, por ter sido considerado incabível, e que a posição da Polícia Federal sobre apostas no exterior é que não configuram infração penal.
Já em relação às reclamações dos clientes, atribuiu dificuldades de saque à violação dos Termos de Uso da empresa, como abuso de regras de bônus e criação de múltiplas contas.
Finalizou destacando a disponibilidade constante de sua equipe de atendimento para resolver reclamações legítimas e expressou apoio à regulação responsável das casas de apostas no Brasil.
E as apostas com criptomoedas?
Embora o caso envolvendo a Blaze tenha gerado repercussão, é importante destacar que existem outros sites, como o Roobet, BC Game e Stake, que realizam apostas com criptomoedas e algumas pessoas podem considerar essa abordagem mais segura e acessível. De qualquer forma, é sempre importante ressaltar que toda cautela ao se envolver com apostas é de extrema importância.
A BC Game, por exemplo, atua no mercado desde 2017, possui licença em Curaçao e é operada pela BlockDance B.V, utilizando tecnologia blockchain. Já a Roobet, opera somente com criptomoedas e detém uma licença emitida pelo Governo de Curaçao, enquanto a Stake, também licenciada em Curação, é operada pela Medium Rare N.V.
