Conteúdo atualizado a 23/01/2024
A Coinbase pretende se transformar em uma das maiores exchanges do mercado cripto brasileiro. De acordo com o diretor regional da empresa, Fábio Plein, o país é “mercado chave” para os planos de expansão da plataforma, conhecida por oferecer a negociação de criptomoedas como o bitcoin (BTC).
Considerado um dos dez maiores mercados de criptomoedas em todo o mundo, o Brasil tem atraído a atenção de grandes empresas do setor, como a renomada exchange Coinbase.
Sendo assim, o país faz parte do projeto de expansão da exchange que visa atingir 1 bilhão de usuários em todo o mundo. Além disso, a Coinbase é líder no mercado cripto nos EUA, possui capital aberto e foi escolhida como custodiante da maioria dos ETFs spot de bitcoin, aprovados recentemente pela SEC.
Tabela de Conteúdos
Coinbase prioriza mercado cripto brasileiro
A Coinbase pretende atingir um bilhão de usuários, e o mercado cripto brasileiro pode ajudar a exchange a alcançar esse número, diz Fábio Plein. Ou seja, depois de conquistar o mercado cripto norte-americano, o Brasil transformou-se em prioridade para a empresa.
“A Coinbase tem mais de doze anos de atuação na indústria, se consolidou nessa trajetória como a exchange líder dos Estados Unidos. A gente tem uma visão, uma missão que é chegar a um bilhão de usuários. É uma missão global, porque para chegar a um bilhão de pessoas, obviamente você tem que estar olhando para vários dos principais mercados no mundo. E o Brasil é um desses mercados prioritários para a empresa.”
Mercado chave para a exchange
O sucesso do Pix e da adoção de inovações tecnológicas no Brasil também servem para explicar o grande número de usuários no mercado cripto. O diretor regional da Coinbase fala sobre a população geral do país, que ultrapassa 200 milhões de pessoas.
Com isso, o Brasil possui um número expressivo de usuários que investem e negociam criptomoedas. Os últimos dados da Receita Federal mostram 4,1 milhões de brasileiros no mercado cripto. Por outro lado, a regulação cripto tende a favorecer também essa adoção, explica Fábio Plein em entrevista ao BRCryptos.
“O Brasil é um novo mercado chave para a gente. Tem uma população gigante, mais de 200 milhões de pessoas, jovens acostumados a adotar inovação em serviços financeiros em um dos países que têm maior adoção também de cripto. Então, tudo isso somado a um ambiente regulatório que tende a ser favorável, isso nos faz ter muito entusiasmo com o mercado [cripto] brasileiro.”
Um dos maiores mercados cripto do mundo
De acordo com uma pesquisa citada por Fábio Plein, o Brasil figura entre os dez maiores países em números de usuários no mercado cripto. Dessa forma, para o diretor regional da Coinbase, esse movimento se dá graças a receptividade que os brasileiros possuem, ao “‘abraçar’ novas tecnologias.”
“A Chainalysis mostra que o Brasil está entre os dez maiores países em adoção cripto. É um país de população grande, jovem, acostumada a adotar serviços financeiros, a ‘abraçar’ tecnologias, e no fim das contas, vemos esse usuário buscando a Coinbase para começar a sua jornada cripto, a começar a colocar parte do seu portfólio em ativos e transacionar.”
Como começar a investir em criptomoedas na Coinbase
Portanto, a Coinbase está atraindo novos investidores para o mercado cripto, conclui Fábio Plein. Ele fala que a exchange investe na oferta de conteúdos educacionais para os usuários, que podem aprender sobre blockchains e investimentos em criptomoedas através da exchange.
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Desse modo, essa oferta permite ainda ganhos em criptomoedas, que fazem parte dessa jornada educacional dos usuários da Coinbase no Brasil. Educar sobre o mercado cripto é uma das missões da exchange, diz Plein.
“A Coinbase tem um tipo de produto que facilita esse início de jornada, com bônus por aprendizado, completando tarefas que faz parte da educação do usuário, para aprender o que são redes [blockchains] específicas, ativos específicos, que têm dentro do nosso aplicativo, e isso é um pouco da nossa missão.”
Regulação cripto no Brasil
O diretor regional da Coinbase acredita que o Brasil é um dos países pioneiros quando o assunto é regulação cripto. Aprovada em 2023, o processo regulatório das criptomoedas pode ser benéfico tanto para a indústria, quanto para o usuário.
Além disso, Fábio Plein aponta que isso promoverá inovação e mais eficiência no mercado cripto brasileiro. Outro ponto destacado por ele diz respeito ao aumento da segurança para quem investe em criptomoedas.
“O Brasil tem dado sinais de ser talvez um dos países que estão mais avançados no debate regulatório de cripto. Isso parte de uma postura pró-inovação, pró-eficiência do mercado financeiro e proteção dos usuários [através] dos reguladores, a CVM, o Banco Central.”
No Brasil, a regulação cripto está em curso e uma das medidas apresentadas pelos órgãos reguladores é entender o que é prioridade para a indústria. Sendo assim, uma consulta pública foi aberta pelo Banco Central, que visa discutir com as empresas do setor quais são os próximos passos do processo regulatório.
“É um trabalho que de fato vislumbra ter mecanismos para melhorar a eficiência, estimular novos produtos sempre com um olhar de proteção dos usuários e com uma forma de construir isso escutando e trazendo para a conversa os diferentes agentes da indústria.”
ETF de bitcoin e a Coinbase
Recentemente, o mercado cripto comemorou a aprovação de ETFs spot de bitcoin nos Estados Unidos. Com o anúncio da SEC, a Coinbase foi escolhida como custodiante desses novos fundos que já são negociados em bolsas de valores e corretoras.
“A aprovação do ETF nos Estados Unidos foi um marco para a indústria como um todo, de legitimidade e regulatória. Dos onze ETFs aprovados, a Coinbase foi escolhida pelos bancos como a empresa que faz a custódia do bitcoin de oito desses onze ETFs, então, estamos diretamente envolvidos.”
Com a aprovação dos ETFs, o mercado cripto poderá acessar um setor que movimenta algo próximo de US$ 58 trilhões, diz Fábio Plein. Agora, esse mercado possui um acesso direto e legal para investir em criptomoedas.
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O diretor regional da Coinbase destaca que essa aprovação tende a beneficiar o mercado cripto como um todo, aumentando a liquidez do bitcoin, podendo impactar positivamente o preço de alguns ativos digitais.
“A gente participa diretamente como custodiante, como parceira desses bancos. Um benefício para a indústria que acaba nos impactando, hoje, nos Estados Unidos, um mercado de investimentos, é um mercado em torno de US$ 58 trilhões, um mercado imenso que até então não tinha um canal regulamentado de acesso para investimentos em criptoativos, em bitcoin, que, a partir de agora passa a ter. Isso tem uma força muito importante para a indústria.”
A Coinbase é considerada uma das maiores exchanges do mercado cripto global. Além de atuar nos Estados Unidos e no Brasil, a plataforma está presente em mais cem países atualmente, e oferece pares de negociação com mais de 250 criptomoedas diferentes.