Mais uma empresa do mercado financeiro entrou na disputa pela aprovação de um ETF de bitcoin (BTC) nos Estados Unidos. Dessa vez, foi a gestora brasileira Hashdex que apresentou o pedido formalmente à SEC.
Tabela de Conteúdos
A gestora cripto, que já possui ETFs com criptomoedas em funcionamento no Brasil, pode conseguir a aprovação de um fundo desse tipo nos EUA. Se for aceito pela SEC, será o primeiro ETF de bitcoin com preço à vista do país norte-americano.
O ETF da Hashdex será gerenciado em parceria com a Bolsa de Nova York (NYSE). Dessa forma, o pedido do ETF de bitcoin com preço à vista foi apresentado pela NYSE no dia 25 de agosto de 2023 à SEC, órgão que possui a mesma atribuição que a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) no Brasil.
ETF de bitcoin nos EUA
Ao contrário do Brasil, os Estados Unidos não possuem uma regulação para o mercado cripto. A falta de uma legislação para o setor, pode ser um interveniente na aprovação de um ETF de bitcoin com preço à vista.
Mas, com grandes empresas apresentando projetos desse tipo nos EUA, uma aprovação pode acontecer a qualquer momento pela SEC. A comissão também analisa outros pedidos de ETFs de bitcoin, similares ao que foi apresentado pela Hashdex.
No entanto, até agora nenhum desses projetos foi aprovado pela SEC. Ou seja, as solicitações podem ser atendidas, recusadas ou ainda, a comissão pode pedir mudanças na proposição dos ETFs.
Brasil entra na disputa
O Brasil foi um dos primeiros países do mundo a aprovar a oferta de fundos de investimentos com exposição em criptomoedas, negociados pela bolsa de valores. Além do Brasil, o Canadá foi pioneiro na aprovação de ETFs com bitcoin e outras moedas digitais.
Por outro lado, os Estados Unidos ainda analisam a aprovação de um ETF de bitcoin, onde a cotação à vista da criptomoeda é usado para precificar a oferta do fundo de investimento.
Com a possibilidade da SEC aprovar algum dos pedidos de ETFs de bitcoin em breve, a lista de propostas aumentou depois que a NYSE e a Hasdex formalizaram a inscrição do ETF Hashdex Bitcoin Futures (DEFI).
O fundo possui a sigla DeFi, mas terá 100% de exposição em bitcoin. Embora a Hashdex não tenha licença para atuar nos Estados Unidos como gestora de investimentos, a empresa escolheu a Tidal para gerenciar a oferta do ETF de bitcoin, caso ele seja aprovado.
SEC já recusou solicitações de ETFs
Antes da Hashdex formular seu pedido de ETF de bitcoin, a SEC recebeu outros projetos de gestoras e empresas de investimentos. Uma dessas solicitações foi apresentada pela BlackRock.
Considerada uma das maiores gestoras do mundo, a BlackRock tenta aprovar um ETF de bitcoin com preço à vista, tal como a Hashdex. Recentemente, a SEC pediu para a empresa revisar o pedido do fundo de investimento, que foi atualizado e segue aguardando a avaliação da comissão.
Essa não é a primeira vez que a BlackRock tenta aprovar um pedido de ETF através da SEC. Ainda em 2022, a comissão recusou um pedido semelhante ao apresentado pela gestora nos últimos meses.
Até então, a postura da SEC era de não aprovar pedidos de ETFs com bitcoin com modelo de preço à vista. Além do pedido da BlackRock, no passado a comissão já recusou outras solicitações, e até agora, nenhum pedido foi aprovado formalmente por ela.
Outros pedidos de fundos de investimento
Outras empresas como Invesco, VanEck e WisdomTree também solicitaram a liberação do fundo de investimento. As gestoras Ark Investment Management, Bitwise e 21Shares esperam pela mesma aprovação de ETFs pela SEC.
Tudo indica que a comissão deve apresentar um parecer sobre esses ETFs na próxima semana. O parecer para o ETF de bitcoin da Bitwise, por exemplo, deve ser publicado até o dia 1° de outubro de 2023.
ETFs de bitcoin são fundos de investimento que possuem exposição em criptomoedas. Geralmente, esses fundos são negociados pela bolsa de valores e gestoras de investimentos do mercado financeiro tradicional, o que significa maior adoção para o mercado cripto.
Portanto, os ETFs ampliam a negociação de criptomoedas como o bitcoin. Eles podem apresentar 100% de exposição, ou então, mistos, com integração com outros produtos financeiros, como ações, renda fixa e variável.