Conteúdo atualizado a 11/01/2024
A presença feminina no mercado cripto brasileiro sofreu uma grande redução em 2023. De acordo com dados recentes da Receita Federal, o número de mulheres que investem em criptomoedas encolheu mais de 50%.
Num momento em que existe um recorde de empresas que investem em criptomoedas, e com mais de 1,9 milhões de investidores, além na baixa do número de mulheres, vemos também que o ativo digital mais negociado é o USDT.
Tabela de Conteúdos
A Receita Federal recebe dados mensalmente de investidores de criptomoedas de todo o Brasil. As últimas informações liberadas pelo órgão mostram que apenas 12,04% dos investidores cripto no país, são mulheres.
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Os dados levam em consideração apenas os investidores que declararam movimentações com criptomoedas no último mês de maio. Em comparação com janeiro de 2023, o número de investidoras cripto no Brasil caiu de 25,67% para 12,04%, respectivamente.
Ou seja, em apenas cinco meses houve uma redução superior a 50% do número de mulheres brasileiras que investem em criptomoedas. Antes dessa queda, cerca de um a cada quatro investidores no país eram do sexo feminino.
Presença feminina no mercado cripto
Desde que a Receita Federal começou a recolher informações sobre o mercado cripto em 2019, o número de investidoras cresceu no Brasil. No entanto, desde dezembro de 2022 esse índice está em queda.
Em dezembro de 2022, o mercado cripto brasileiro registrou o maior número de mulheres que investem em criptomoedas. Naquele mês, elas representavam 27,08% dos investidores no país.
Ainda em janeiro de 2022, esse número caiu para 25,67%. Mas, foi em abril que o índice de investidoras registrou o pior resultado do ano, com as mulheres representando apenas 10,55% dos investidores cripto.
Portanto, embora uma queda acumulada em 50% tenha sido registrada no primeiro semestre de 2023, entre abril e maio o número de mulheres que investem em criptomoedas aumentou ligeiramente para 12,04%.
Mais de 1,9 milhão de investidores
O relatório da Receita Federal também traz dados sobre o número geral de investidores de criptomoedas do Brasil. No último mês, cerca de 1,9 milhão de pessoas declararam que investem em ativos digitais.
Antes disso, um número recorde de investidores foi observado pela Receita Federal. Em abril, mais de 2 milhões de investidores declararam suas criptomoedas no Brasil.
Recorde de empresas que investem em criptomoedas
A adoção de criptomoedas por investidores institucionais está crescendo no Brasil. Enquanto o número de investidoras caiu, o número de CNPJs que declararam ativos digitais à Receita Federal registrou um novo recorde.
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Sendo assim, 80.745 empresas brasileiras declararam que investem em criptomoedas. Esse número representa ainda um crescimento superior a 14% em apenas um mês.
USDT é o ativo digital mais negociado
A Receita Federal publicou informações sobre o volume de transações das principais criptomoedas do mercado. Com um volume mensal superior a R$ 12 bilhões, a tether (USDT) é o ativo digital mais negociado no Brasil, pelo que o país se cimenta como líder em criptoeconomia.
A stablecoin USDT teve um volume de transações mensais bem superior ao do bitcoin (BTC), segunda criptomoeda mais negociada desta lista. Levando em consideração o mesmo período, o BTC não alcançou R$ 1 bilhão em operações no Brasil.
A ether (ETH) também está entre as criptomoedas mais negociadas no mercado cripto, com um volume de transações de R$ 188 milhões. Já a binance coin (BNB) é citada com um volume de apenas R$ 1,5 milhão.
Outra stablecoin na lista da Receita Federal é a binance USD (BUSD). O ativo digital teve um volume mensal de cerca de R$ 28 milhões em negociações declaradas ao fisco brasileiro.
Por outro lado, a stablecoin BRZ ocupa o segundo lugar na lista geral das criptomoedas mais negociadas do país, que é liderada pela USDT. O BRZ, que possui o preço atrelado ao real brasileiro, registrou um volume de transações superior a R$ 404 milhões no mês.
Fonte: Receita Federal