Conteúdo atualizado a 20/11/2023
Se perguntarmos quantas criptomoedas existem, o mais provável é que a resposta seja errada. Afinal, existem dezenas de milhares diferentes. E cada uma delas tem seu propósito. Algumas procuram substituir os reais que você tem na carteira (idealmente, poderão multiplicá-los), outras procuram servir como intermediário de crédito em países em desenvolvimento e até existem algumas que procuram mudar o conceito de internet tal e qual o conhecemos.
Depois, há outras com propósitos bem estranhos. Olhemos para a $STOPELON, por exemplo. Sua única meta é destronar ou amenizar a influência de Elon Musk no mercado cripto.
Além disso, há ainda memecoins, pet coins… enfim, todo um conjunto de moedas que nasceram com propósitos diferentes. Algumas delas sobreviveram, outras desapareceram por entre a vastidão do universo cripto demonstrando que, por vezes, o melhor mesmo é não acreditar no hype – ou ‘Don’t Believe the Hype’ como cantavam os Public Enemy (aconselhamos a ouvir essa música enquanto leem esse artigo).
Assim, deixamos alguns dos projetos que não correram tão bem, arrebentando a bolha do hype criado em seu redor.
Tabela de Conteúdos
Token NanoHealthCare (NHCT)
Podíamos olhar para algumas das criptomoedas mais antigas, mas preferimos começar esta lista por um projeto recente que fracassou. No caso, o NanoHealthCare Token.
Baseado na Índia, teve a mão de Manish Ranjan que criou a moeda em 2018 com o intuito de mudar o contexto e a vivência associada ao setor da saúde. A intenção seria utilizar a blockchain para mudar vidas, procurando resolver problemas sistemáticos do setor de saúde, nomeadamente a segurança e custos elevados.
A intenção era boa, gerou-se um buzz interessante, mas acabou por desaparecer. Afinal, seu site não está mais disponível e não há atualizações de seu Twitter desde abril de 2020.
OneCoin (ONE)
Uau, a One Coin. Quase que lembramos essa criptomoeda com nostalgia. Lançada em 2014, a OneCoin foi uma das primeiras fraudes da história da criptomoedas
A sua fundadora, a “CryptoQueen” (não fomos nós a dar esse nome, foi ela!), Ruja Ignatova, organizou eventos incríveis em todo o mundo, incluindo um na Wembley Arena, situada no Reino Unido. Foi aí que começou por promover o OneCoin como um “Bitcoin Killer” e gerou uma
Mais tarde, milhões de investidores acabariam sendo fraudados no que se revelou ser um esquema Ponzi de 4 mil milhões de dólares americanos no qual usava o dinheiro de novos investidores para pagar retornos àqueles que já existiam. No fundo, uma espécie de Jogo do Tigrinho.
Ignatova desapareceu em 2017, quando a rede se estava quase a fechar e quando a polícia apresentou um mandado de prisão contra ela.
BitConnect (BCC)
A Bitconnect é outra moeda fraudulenta. Lançada em 2016, ganhou fama pelos piores motivos. Essa moeda chegou a atingir valores interessantes em dezembro de 2017 e, segundo o site especializado Coin Market Cap foi mesmo uma das moedas com melhores desempenhos. Contudo, apenas alguns meses depois, deixou de ter qualquer valor.
Na base do sucesso momentâneo terá estado seu marketing agressivo, que garantia retornos até 1% por dia, entre outros incentivos. Porém, à semelhança da OneCoin, percebeu-se que os retornos estavam sendo pagos por novos investidores. Quando isso terminou, a plataforma entrou em colapso e quem investiu perdeu tudo.
Como evitar bolhas cripto e criptomoedas fraudulentas?
Acreditamos que a melhor forma de evitar entrar num escândalo cripto é, em primeiro lugar, estudar. Estudar antes de investir como sempre dizemos. Assim, sugerimos fazer as seguintes perguntas antes de investir numa nova criptomoeda:
- Quem são os fundadores?
- Qual o propósito?
- Trata-se de uma memecoin?
- Onde está listada?
- Tem redes sociais e site ativos?
Se ao colocar essas questões, não obter respostas, está perante uma grande ‘red flag’ e o melhor é mesmo evitar entrar numa bolha cripto que mais tarde poderá não corresponder ao hype criado.