Conteúdo atualizado a 29/02/2024
Criptomoedas como Bitcoin, Ethereum, Solana, Cardano já têm seus nomes badalados pelos quatro cantos do mundo. E, mesmo aquelas moedas que talvez sejam menos famosas para você, ao pesquisar é possível saber mais detalhes sobre elas. Principalmente se são confiáveis, que aliás é umas das coisas mais importantes.
Criar uma criptomoeda requer muitos desafios e responsabilidades, que podem variar de acordo com o objetivo de sua criação. Você pode iniciar um projeto próprio, tentar a sorte grande ou apenas com a intenção de aprender algo novo. Em meio a isso tudo, é importante ter estratégias e pesquisar com cuidado para se organizar.
Aqui no BR Cryptos temos artigos e guias diferenciados, e neste aqui vamos explicar os detalhes para que você possa atingir o objetivo de produzir seu criptoativo, desde começar do zero com uma Blockchain, recorrer a um Fork, e criar sua Initial Coin Offering (ICO).
Tabela de Conteúdos
Criar uma criptomoeda
Em tese, qualquer pessoa pode criar uma criptomoeda. Sabendo que as moedas digitais têm seus dados armazenados no sistema de tecnologia blockchain, o processo de criação tem uma grande componente tecnológica.
Aliás, a ideia de que qualquer pessoa pode criar uma moeda digital foi além e o ChatGPT criou uma criptomoeda meme que em 3 semanas chegou ao valor estrondoso de US$100 milhões. Inicialmente a finalidade do projeto era artística, palavras do próprio Rhett “Mankind”, mas diante da repercussão o criptoativo rendeu um bom dinheiro.
A questão é que moedas como as Memecoins, que já não são novidades nesse universo cripto, não precisam de nada muito complexo para serem criadas. Mas, assim como para qualquer criptomoeda, ter uma boa sacada para os negócios pode fazer toda a diferença.
A verdade é que moedas como a Pepe Coin (PEPE), “do sapo verde”, elevou o nível ao subir 50 mil vezes em torno de um mês. A PEPE criou uma avalanche de novas memecoins. E da mesma forma aconteceu com a Shiba Inu que estampa o rosto de um cachorro famoso de raça japonesa. Inclusive, ambas começaram como forks de moedas existentes. Vamos falar sobre forks, mais a frente.
→ Leia sobre: “Celestia: o projeto que permite criar sua própria Blockchain”
Mesmo com mais de 22k criptomoedas, ainda há espaço para todo mundo que tenha interesse em criar a própria criptomoeda, mas é necessário seguir alguns critérios, pois vai exigir investimento de tempo e dinheiro.
Em primeiro lugar é preciso ter em mente o propósito para criar uma criptomoeda. Saber exatamente quais as características e a utilidade do seu ativo digital. Criar um ativo, sem ideal, pode se tornar apenas mais um cripto na lista.
Dito isto, vamos falar de alguns critérios que são importantes para tal produção.
– Pesquisar muito sobre o assunto;
– Criar a própria blockchain e respectivamente a moeda digital do zero;
– Configurar essa nova rede blockchain;
– Escolher um mecanismo de consenso;
– Desenvolver o software (arquitetura, protocolos de comunicação, criptografia etc.). Se não sabe desenvolver, contrate um desenvolvedor;
– Executar testes de segurança, de códigos-fonte e afins;
– Criar uma comunidade para colaborar com o desenvolvimento do ativo digital;
– Ter dinheiro suficiente para investir em todo o processo.
NOTA: Um aplicativo de blockchain, relativamente simples, pode custar algo entre US$15 mil e US$40 mil, segundo a CIS (empresa de tecnologia).
→ Veja também: “Iniciantes em criptomoedas e os seus erros 10 erros mais comuns”
O que é um Fork?
Tal como em uma empresa “tradicional”, quando a sociedade é desfeita no universo cripto, um dos sócios pode escolher fundar uma nova empresa semelhante à anterior.
Fork ou Bifurcação é um termo que representa uma separação de criptomoedas e blockchains. Quando acontece essa bifurcação no mundo cripto, é muito comum recriar um projeto “do zero” com características bem parecidas com o original.
Na linguagem da programação, um Fork é um código-fonte da blockchain que passou por modificação. Geralmente esse código bifurcado é equivalente ao código original, no entanto com alterações importantes, e assim os dois coexistem sem grandes problemas.
Os Forks podem ser iniciados por desenvolvedores ou membros de uma comunidade criptográfica que ficam insatisfeitos com as funcionalidades oferecidas pela implementação de blockchain existente. Eles também podem surgir como um tipo de crowdsourcing de financiamento para novos projetos tecnológicos ou ofertas de criptomoedas.
Há dois tipos de Fork: Hard fork e Soft fork.
· Hard Fork
O Hard Fork, relacionado à tecnologia blockchain, refere-se a uma mudança radical no protocolo que resulta verdadeiramente em suas ramificações, uma segue o protocolo anterior e a outra segue a nova versão.
Há uma série de razões pelas quais os desenvolvedores podem implementar um hard fork, como corrigir riscos de segurança encontrados nas versões antigas, adicionar novas funções ou reverter transações etc.
· Soft Fork
Dentro da tecnologia blockchain, um soft fork é uma mudança no protocolo de software onde apenas blocos de transações, que antes eram válidos, agora são inválidos.
O conceito está relacionado aos nós antigos. Os soft forks não exigem atualização de nenhum nó para manter o consenso, uma vez que que todos os blocos, inclusive os novos, também seguem as regras antigas.
Resumindo, Hard forks e Soft forks são, de certa forma, em suas essências, os mesmos, no sentido de que o código existente de uma rede é alterado, uma versão antiga se mantém na rede, ao mesmo tempo que é criada a nova versão.
Crie sua ICO
No universo cripto, uma ICO significa uma oferta inicial ao público específico de um ativo. Geralmente começa com uma criptomoeda com preço baixo, o que gera um entusiasmo nos novos investidores por poderem entrar com pouco investimento de início.
Mas saiba que, entrar em uma ICO pode ser muito bom, mas também tem seus riscos. Risco de perder mais do que aquilo que investiu. Por isso é importante pesar a recompensa e o risco.
Existem algumas etapas para garantir as melhores práticas com segurança: auditar os smarts contracts, ouvir as preocupações da comunidade e resolver, implementar políticas fortes para detectar phishers, priorizar uma segurança forte para seu gateway ICO e proteger seus usuários.
Com essas questões em mente, sabendo da importância de ter segurança, você deve estar se perguntando o que fazer para lançar uma ICO.
→ Saiba mais: “O julgamento do rei das Criptomoedas”
Para lançar uma ICO, será importante iniciar com uma grande ideia e para isso acontecer, vale a pena fazer um brainstorm com outras pessoas.
Consultar especialistas de várias áreas para questões legais, regulatórias, do funcionamento da moeda, ou seja, reunir uma equipe com bastante conhecimento.
Rascunhar um white paper para descrever o modelo de negócios e a finalidade do token. O ideal é que um documento como esse apresente informações necessárias para atrair os investidores na hora de tomar uma decisão.
A criação de um smart contracts, também será necessário para seguir para a reta final, e existem várias opções. Depois que criar o contrato inteligente, examine-o bem e inicie-o.
A etapa seguinte é, entre tantos modelos, escolher um para as vendas. Sua localização poderá ser um fator determinante. Há oito modelos de venda (Preço fixo, Soft cap, Hard cap, Hidden cap, Leilão holandês, Leilão holandês reverso, Recolher e devolver, Teto dinâmico) para você escolher, a fim de usar em uma ICO.
Antes de realizar o lançamento, será preciso comercializar a moeda. Você terá a oportunidade de informar os objetivos e o que vai ganhar com a ICO, e fomentar nas pessoas a vontade de comprar.
Finalmente chegou a hora de lançar sua ICO. Agora é só se inscrever em uma exchange, com nome da moeda, coin ticker, descrição da moeda e do projeto, um logotipo, escolher uma data e indicar o código-fonte.
Sua ICO poderá ser aceita por grandes exchanges, como a Binance e a Coinbase, que geralmente listam novas criptomoedas. Mas caso não fique disponível em grandes corretoras, pode estar nas menores como a Coingecko e a CoinMarketCap, que costumam coletar dados importantes de novas criptomoedas e depois listá-las, e por vezes até a Robinhood permitem submeter o projeto. Essas listas são importantes para que investidores conheçam e analisem uma moeda digital.
Para finalizar
O Bitcoin ainda é a criptomoeda mais popular, mas sua chegada em 2009 gerou uma série de imitadores, alternativas e novas tecnologias baseadas em sua blockchain.
Essas moedas alternativas são as altcoins e seus propósitos variam entre uma moeda que paga transações até mesmo a uma piada.
Onde tudo isso vai dar é uma incógnita, mas os anos que se passaram desde sua aparição pela primeira vez, indica que não irão a nenhum lugar tão cedo.
Se você tem o objetivo e o dinheiro para investir na criação de uma criptomoeda e está preparado, parte do caminho já está garantido. Tome sua decisão considerando todas as questões que foram faladas aqui e, se for criar sua moeda digital, conta pra gente!
Fonte: InfoMoney / BeinCrypto / Seu Dinheiro