Conteúdo atualizado a 10/01/2024
A China, integrante do BRICS, está em processo de acumulação de ouro, incorporando o metal às suas reservas ao longo dos últimos meses de 2022 e 2023. O país tem mantido uma trajetória consistente de acúmulo de ouro por 14 meses seguidos, estabelecendo-se então como a principal compradora do metal em 2023.
Segundo informações mais recentes, somente em dezembro de 2023, a China adquiriu 9 toneladas de ouro para suas reservas e o custo associado ao armazenamento dessa quantidade no último mês é de US$ 532 milhões Vale destacar. ainda, que ao longo de 2023, a China adicionou um total de 224 toneladas de ouro às suas reservas.
Não apenas a China, mas todos os países do BRICS, como Rússia, Índia e África do Sul, têm estado em uma onda de acumulação de ouro desde 2022. Para se ter uma ideia melhor da quantidade: a aliança BRICS foi a maior compradora de ouro em 2023, de acordo com informações do Conselho Mundial do Ouro.
Moeda BRICS: uma potencial ligação ao ouro?
A justificativa para a acumulação significativa de ouro pelos países membros do BRICS ao longo de mais de 1 ano ainda permanece uma incógnita. Há quem sugira a possibilidade de a futura moeda do BRICS ser respaldada pelo ouro, ao mesmo tempo em que há, também, quem defenda a ideia de que talvez seja apenas uma prática habitual de diversificação de reservas.
Se os BRICS decidirem respaldar sua nova moeda com ouro, isso poderá proporcionar à aliança uma base robusta para se manter nos mercados globais. O ouro, conhecido tradicionalmente como ativo seguro, poderia proporcionar aos BRICS um respaldo sólido durante o lançamento de sua nova moeda, de modo a se conseguir apoio e estabilidade.
Contudo, o ouro pode oferecer apenas suporte inicial, mas não pode ser suficiente para garantir a sustentabilidade da moeda a longo prazo. Os valores de ouro estão suscetíveis a riscos de mercado, pois a força do dólar americano, por exemplo, pode impactar de forma negativa no preço desse metal.