Aumentou o número de criptoinvestidores no Brasil.
Durante o ano de 2022, apesar dos altos e baixos do mercado, os brasileiros foram se familiarizando cada vez mais com o universo financeiro digital e arriscando investimentos em todas as categorias, inclusive em criptomoedas.
Ainda que grande parte das pessoas desconheça ou desconfie quando o assunto é criptomoedas, o mercado cripto está em uma crescente e, de acordo com um levantamento feito pela empresa Accenture e divulgado pela Associação Brasileira de Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima), já supera o mercado de ações aqui no Brasil.
A pesquisa indica que grande parte das movimentações no setor é feita pelos brasileiros através de corretoras de criptomoedas daqui mesmo do Brasil e por movimentações entre investidores e pelo uso de exchanges no exterior. O número de investidores em criptomoedas passou de 2% para 3% entre 2021 e 2022.
Dados da Receita Federal confirmam que a quantidade de investidores, tanto por CNPJ como por CPF atingiram os maiores valores da história.
Isso se traduz, por exemplo, nos dados de março, quando 1,6 milhão de CPFs apresentaram negociação de criptoativos no Brasil, ou seja quase 15% acima do mês anterior, sendo referenciada como a maior quantidade já apurada pelo órgão.
Apesar da desconfiança que falei no início, muitas pessoas estão buscando informações sobre esse universo e ter conhecimento faz toda a diferença.
Nesse quesito, pesquisas apontam que houve um crescimento expressivo, pois 6% da população afirmou ter conhecimento sobre criptoativos. Esse aumento é notável muito mais nas classes A e B, em média com seus 28 anos que investem em torno de R$ 45 mil.
Essa mudança de comportamento em ter o entendimento sobre ativos digitais, mostra que de 10% em 2021, os números aumentaram para 13% em 2022.
Ainda de forma massiva são os homens que dispõe seu capital no mercado das moedas digitais. Mesmo já tendo aumentado a quantidade de mulheres no mercado financeiro, o público feminino, em torno de 1%, investe pouco, enquanto o público masculino, pelos menos 5%, afirmam investir em criptomoedas.
Que dizem os especialistas sobre o aumento de Criptoinvestidores no Brasil?
Especialistas acreditam que, com o tempo, esse número deve crescer não só entre os mais maduros (26 a 40 anos), mas principalmente entre os mais jovens (16 a 25 anos), que apesar de terem conhecimento e investirem em criptomoedas (em torno de 7%), ainda há uma parcela considerável dessa geração Z que prefere não se arriscar e mantêm suas economias nos bancos.
José Artur Ribeiro, CEO da Coinext avalia que além de ser uma geração que assimila melhor os conceitos tecnológicos, os aspectos dinâmicos e democráticos do mercado de criptomoedas também ajudam a embarcar pessoas mais jovens.
Fato é que o mercado de ativos digitais tem vários desafios e um deles é mudar a mentalidade do brasileiro em relação ao dinheiro. Uma das máximas do mercado de criptomoedas é DYOR (“do your own research”), que significa “faça sua própria pesquisa”, ou seja, é você mesmo quem precisa verificar todas as questões. Esse não é um hábito muito comum no povo brasileiro.
“Com o avanço da regulação e grandes instituições aderindo ao mundo cripto, é questão de tempo para que os criptoativos se tornem parte do dia a dia da população”, diz o CEO da Brasil Bitcoin, Marco Castellari.
São muitas novidades a todo o tempo no universo cripto. É preciso conhecer e amadurecer para investir. Desta maneira, podemos juntos aumentar o número de cripto investidores brasileiros.
Fontes: InfoMoney / Exame / Forbes Brasil