Conteúdo atualizado a 04/04/2024
Em se tratando de energia, o mundo vem passando por mudanças significativas, além das alterações climáticas. O setor de eletricidade também passa por grandes mudanças à medida que encara novos níveis de consumo.
Estamos vivenciando constantes ondas de calor em vários estados brasileiros. Esse calor excessivo contribui para o alto e frequente consumo de ventiladores, climatizadores e ares-condicionados, consequentemente aumenta o consumo de energia.
O que dizer do aumento do consumo de energia para gerar de criptomoedas, sobretudo a mineração de Bitcoin, dos grandes data centers e o uso constante da Inteligência Artificial (IA)?
Em julho de 2022, no Texas, os mineradores de criptomoedas optaram por desligar os equipamentos em função da onda de calor.
De qualquer maneira, o fato é que a união dessas duas tecnologias sempre dá o que falar. Aproveite e leia “Criptomoedas e Inteligência Artificial: uma aliança previsível”
Tabela de Conteúdos
O consumo de energia vai aumentar
Recentemente, a Agência Internacional de Energia (em inglês IEA – International Energy Agency) emitiu um relatório com análises do uso de energia para os próximos anos.
Embora o crescimento do consumo tenha diminuído ligeiramente em 2022 (de 2,4% para 2,2%), a expectativa é que o consumo de energia chegue a 3,4% até 2026.
Nesse meio tempo, o consumo de energia com criptomoedas, IA e Data Centers, poderá dobrar seus valores. Isso significa que pode ultrapassar a casa de 1.000 terawatts-hora (TWh). Esse valor é o equivalente a 1 bilhão de kilowatts que daria para suprir por um ano em torno de 70 mil residências nos EUA.
O setor de mineração de criptomoedas, só em 2023 consumiu um total de 130 TWh, desse valor 120 TWh foram usados na mineração do Bitcoin. Para 2026 a previsão do consumo caminha na direção de 160 TWh.
Já no que se refere à IA – Inteligência Artificial, estima-se que o consumo de energia poderá sofrer um aumento de valor 10 vezes maior até 2026. Para se ter uma ideia, o relatório afirma que pesquisar no ChatGPT, consome mais energia do que quando pesquisamos no Google.
Quem consome mais energia?
O ecossistema de criptomoedas, desde 2021, sofre com desconfianças e olhares negativos, e claro que a principal moeda digital é o maior alvo. Quanto mais mineração de Bitcoin era realizada, a criptomoeda atingia recordes de preço. Exatamente como no período atual.
Acontece que para minerar Bitcoin, na época, foi consumida 67% da eletricidade vinda de energia fóssil. E diante desse alto consumo, foi necessário tomar algumas atitudes e criar alternativas.
Atualmente, diante das estatísticas, é possível comprovar que os processadores da IA são verdadeiramente ainda mais prejudiciais ao planeta.
A Inteligência Artificial, desde que surgiu, impacta na nossa sociedade e continua em ascensão. A IA é usada para o trabalho, lazer, estudo e tudo o que você possa imaginar, isso faz com que haja um consumo absurdo de eletricidade.
Segundo o fundador e CEO da Aible, o Arijit Sengupta:
Embora a IA seja a líder no crescimento do consumo de energia, os Data Centers também são considerados um dos principais responsáveis pela grande demanda em eletricidade. Da mesma forma pode dobrar esse consumo até 2026.
→ Leia sobre: “Inteligência Artificial (IA) é o ingrediente do sucesso?”
Haja energia para o futuro!
O que dá para dizer é que numa visão geral o gasto energético provocado por essas tecnologias gera questionamentos, principalmente se pensarmos num futuro não muito distante.
E para colaborar com o meio ambiente, a mineração de Bitcoin passou a usar energia de fontes renováveis. Além disso, tem utilizado outras opções, como por exemplo, o Proof of Work (PoW).
Ainda há uma pressão do mundo todo sobre o universo das criptomoedas para criarem mais alternativas de âmbito ecológico a fim de atender a demanda da rede e ajudar a reduzir a produção de carbono.
→ Leia também: “Google Play: loja de aplicativos bane mineração de criptos”
Demonstrando grande preocupação com o meio ambiente e nosso bem-estar futuro, especialistas falam sobre alternativas para diminuir ou equilibrar esse aumento de consumo desnecessário provocado pelo uso exacerbado das tecnologias, sobretudo da Inteligência Artificial.
A questão é, em pleno século XXI, qual o desdobramento para lucrar, sem ignorar os impactos socioambientais gerados pelo mundo dos negócios?
Fonte: Exame / BeinCripto
1 comentário
Muito bom artigo!
Excelente para chamada de atenção à necessidade de continuarmos evoluindo sem que aceleremos a destruição e o consumo das nossas fontes não renováveis!
Tecnologia e meio ambiente podem e devem caminhar juntos!
Parabéns Fabi! Adorei…