Conteúdo atualizado a 30/11/2023
Assim como o Hamas, os grupos terroristas Jihad e Hezbollah também são alvos de operações
que buscam congelar carteiras de criptomoedas utilizadas para financiar terrorismo.
Como tal temos visto algumas corretoras, tais como a Binance, a tomar ações para travar estas ações e impedir males maiores. O que até pode parecer contraditório, dado o tema da privacidade associada às criptomoedas.
O tema surge agora devido aos conflitos entre Palestina e Israel.
Tabela de Conteúdos
Hamas, Jihad e Hezbollah
De acordo com uma revisão de apreensões e de relatórios analíticos de blockchain apresentados
pelo governo israelense, três grupos militares terroristas receberam enormes quantidades de
dinheiro por meio de criptomoedas, são eles: Hamas, Jihad Islâmica da Palestina e o aliado
libanês Hezbollah. As informações foram divulgados pelo jornal The Wall Street Journal.
Entre agosto de 2021 e junho deste ano, foram realizadas diversas transferências que somam até
US$ 93 milhões (cerca de R$ 469 milhões) para carteiras de moedas digitais vinculadas aos
membros do Jihad.
Em um período semelhante, as carteiras relacionadas ao grupo terrorista Hamas receberam cerca
de US$ 41 milhões (cerca de R$ 207 milhões); a informação foi apresentada pela empresa de
análise de criptografia BitOk, sediada em Tel Aviv.
Hamas, Binance e Israel
Segundo informações do jornal local CTech da Calcalist, a polícia de Israel fez uma operação para
congelar diversas contas de criptomoedas relacionadas ao movimento islamista palestino Hamas
— trata-se de um grupo terrorista que está em conflito com o país há anos. A ação aconteceu
poucos dias após o início do recente conflito, quando infiltrados terroristas bombardearam
diversas cidades em Israel no último sábado (7).
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Conforme divulgado em um comunicado de imprensa, a unidade cibernética de Lahav 433, em
colaboração com o Gabinete Nacional de Financiamento do Combate ao Terrorismo de Israel
(NBCTF) do Ministério da Defesa israelita, entre outras agências de inteligência, está buscando
infraestruturas relacionadas às contas de criptomoedas pertencentes ao Hamas. O grupo
terrorista utiliza as plataformas de tokens digitais para arrecadar fundos que devem contribuir para
o conflito com o país.
A polícia também descreve que a equipe responsável pela ação agiu com rapidez e precisão para
congelar as contas de criptomoedas. Inclusive, eles descrevem que tiveram ajuda da maior
exchange do mercado, Binance, para localizar e congelar as carteiras relacionadas aos terroristas.
Criptomoedas para financiar terrorismo
De acordo com o ministro da Defesa de Israel, Yoav Gallant, o uso das criptomoedas pode ser um
problema para o governo, pois é uma tarefa árdua encontrar e impedir o financiamento do
terrorismo por meio de moedas digitais. Segundo o chefe de política global na TRM Labs, Ari
Redbord, o Hamas é um dos grupos mais sofisticados na utilização da criptografia para financiar o
terrorismo; desde que começaram a ser investigados, o grupo parou de divulgar publicamente os
endereços de carteiras que receberiam as ‘doações’.
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Conforme um relatório da empresa de análise de blockchain Elliptic, os três grupos não apenas
arrecadavam dinheiro por meio de criptomoedas, como também usavam as plataformas para
transferir fundos e movimentar quantias entre suas próprias organizações. Inclusive, desde 2021,
o Jihad já enviou até US$ 12 milhões (cerca de R$ 60 milhões) para auxiliar no financiamento do
Hezbollah.
Em resposta aos novos ataques, um porta-voz da Binance afirma que a corretora está ativamente
trabalhando com as agências que aplicam leis em diferentes países, incluindo Israel, a fim de
combater o terrorismo.
“Nos últimos dias, nossa equipe tem trabalhado em tempo real, 24 horas por dia, para apoiar os
esforços em curso de combate ao financiamento do terrorismo. Estamos comprometidos em
garantir a segurança não apenas do ecossistema blockchain, mas também da comunidade global,
por meio de nosso trabalho proativo,” disse um porta-voz da Binance em e-mail ao site CoinDesk.
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