Conteúdo atualizado a 22/05/2024
Sunny Pires é um surfista profissional brasileiro de 18 anos nascido em Búzios, no Rio de Janeiro. O atleta se destaca como uma das promessas do surf brasileiro e mesmo com um histórico de seis vezes campeão estadual, enfrenta desafios significativos ao buscar patrocínio para impulsionar sua carreira.
Na Web3, mais precisamente na Nouns, encontrou uma nova oportunidade. Desde que entrou para essa comunidade, apresentada por seu manager Richard Dayan, seus caminhos profissionais vêm se abrindo e inspirando outras pessoas e atletas a enxergarem além.
Com a Nouns, Sunny Pires se tornou o primeiro surfista profissional brasileiro a ser patrocinado com criptomoedas. Trata-se de, realmente, receber seus pagamentos em criptomoedas por meio de propostas e projetos para a Nouns.
Através desse patrocínio, conseguiu competir em 3 campeonatos pelo Brasil em 2022, viajou para o Havaí por 2 meses em 2023 para fazer networking e treinar o seu surf em uma das melhores ondas do mundo. Agora, em maio, está indo com sua equipe para a Nicarágua filmar um minidocumentário da conquista de um vulcão em nome do seu patrocinador, mas é claro, com muito surf.
Entrevista Exclusiva com Sunny Pires
1. Como você acha que essa parceria com a Nouns vai impactar sua carreira como surfista profissional?
Ser o primeiro surfista profissional brasileiro a ser patrocinado com criptomoedas pela Nouns, é uma grande conquista pessoal e profissional. Quero poder ser uma porta de entrada para os próximos atletas que tenham interesse em conhecer esse mundo da da Web3.
Não que eu seja nenhum especialista, mas depois de 1 ano e meio dentro da Nouns, comecei a entender um pouco mais a fundo esse meio e o suficiente para ajudar outros.
2. Como você planeja educar seus seguidores sobre web3 e essa nova forma de patrocínio?
Mostrando o meu lifestyle com a Nouns pelo mundo e, principalmente, com o documentário que vamos fazer na Nicarágua, a nossa ideia principal é mostrar para todos que existem outros meios de arrecadar fundos para sua carreira e continuar fazendo o que gosta.
3. Como você enxerga o futuro da relação entre esportes e criptomoedas?
Enxergo um futuro cheio de oportunidades para atletas de alto nível que não tem condições financeiras para conseguir competir e acabam desistindo dos seus sonhos e abrindo mão de seus talentos.
4. Você acredita que outras modalidades esportivas podem se beneficiar do patrocínio por criptomoeda da mesma forma que o surf?
Sim, com certeza. Além do surf, outras modalidades esportivas têm o potencial de se beneficiar do patrocínio por criptomoedas. Um exemplo é o skate, como o Bob Burnquist, que está muito dentro da Web3 e trazendo esse conhecimento para a galera.
5. Você tem algum conselho para outros atletas que estejam considerando esse tipo de patrocínio?
Aproveitar porque esse vai ser o futuro. É uma chance não só de receber apoio financeiro, mas também de fazer parte de algo novo no mundo do esporte.
Meu principal conselho é: estudem. No Youtube tem vários vídeos explicando o básico que é o que você precisa para começar. Pesquise o que é Web3, como ter uma carteira cripto, o que é blockchain e o que é DAO. Em questão de uma hora você tem todas as informações.
6. Como você planeja usar sua nova visibilidade como pioneiro nessa forma de patrocínio para inspirar outros surfistas e atletas?
Levantando diversos projetos para a Nouns sempre envolvendo o surf e competição, mas ao mesmo tempo inovando com projetos meio loucos, como conquistar o vulcão ;))
É necessário abrir a cabeça e as possibilidades são infinitas.
7. Quais são suas esperanças e expectativas para o futuro desta parceria de patrocínio com a Nouns e sua carreira como surfista profissional?
Muito grandes. Vejo como uma oportunidade única para a minha carreira e me sinto privilegiado e pronto para inspirar outros atletas. Como já venho há muitos anos com dificuldade de conseguir patrocínios grandes com marcas tradicionais, enxergo esse patrocínio como algo que pode, e já está, mudando a minha carreira.
8. Você já enfrentou algum tipo de resistência ou crítica da comunidade do surf em relação a essa nova modalidade de patrocínio?
Sim, no início, mas acho normal, as pessoas não entendiam como esse tipo de patrocínio poderia ser possível. Mas o que acho bem legal é que sempre houve muita curiosidade em tentar entender como funciona. O surf ainda é um esporte muito tradicional.
9. Você acredita que esse tipo de patrocínio pode oferecer mais liberdade criativa aos atletas em comparação com os patrocínios tradicionais?
Totalmente. As regras são outras, não existem tantas burocracias, mas muito trabalho e dedicação para construir projetos, que muitas vezes podem não passar. O atleta se sente mais livre para conseguir se expressar. É fora da caixa, qualquer tipo de projeto pode ser aceito.
10. Quais são os maiores mitos e equívocos que você gostaria de acabar sobre o mundo das criptomoedas?
As pessoas perguntam muito “de onde surgiu isso?” e “O que é esse óculos quadrado?” e ficam um pouco desconfiadas e se é uma coisa que realmente pode dar certo. Eu sou o exemplo, né? Mas quero informar mais as pessoas, informação é o que vai poder acabar com esses mitos.
Mas, ainda não entendi bem, o que é Nouns?
“Nouns” é uma DAO (Organização Autônoma Descentralizada), que opera no espaço dos NFTs (Tokens Não Fungíveis). A essência da plataforma é um leilão diário hospedado em seu site, nouns.wtf. Cada NFT leiloado entrega ao vencedor não apenas a propriedade do NFT em si, mas também o direito de voto dentro dos projetos que são levantados para a comunidade por pessoas de todo o mundo.
O valor arrecadado nos leilões não é direcionado aos fundadores, mas sim para um tesouro coletivo. Esse tesouro é então gerenciado pela comunidade, utilizando o poder de voto associado aos NFTs adquiridos. O objetivo desse tesouro é financiar projetos que são interessantes para a comunidade e o ecossistema.
Os projetos apoiados e financiados pela comunidade abrangem diversas áreas e causas. Por exemplo, iniciativas como a distribuição de 3.000 óculos para crianças carentes nos Estados Unidos e a produção de um minidocumentário na Nicarágua com Sunny Pires. O critério para aprovação desses projetos é, entre outras coisas, criatividade e a apresentação de um pitch que seja muito bem elaborado.