Como o Banco Central e as instituições financeiras convencionais estão se preparando para o futuro com a tokenização da moeda: entra o Real Digital (DREX)!
Recentemente o Banco Central do Brasil divulgou que está em desenvolvimento a criação de uma moeda digital brasileira e para isso deu início ao projeto piloto para testar essa nova moeda, que também já tem nome: DREX.
Para o projeto piloto foi realizado um consórcio que contou com 36 grupos inscritos. Iniciado em março, uma semana após ter selecionado os 14 grupos participantes, o BC reabriu o consórcio para a inclusão do Mercado Bitcoin ao projeto piloto, sendo somado aos já selecionados gigantes do setor como a Bolsa B3, os bancos Santander, Bradesco, Banco do Brasil, Itaú Unibanco, Nubank, XP, cooperativas como SICOOB, além de diversas outras instituições financeiras.
Esse projeto piloto visa avaliar os reais benefícios da utilização de uma plataforma de tecnologia de registro distribuído (DLT) programável multiativo para operações com ativos tokenizados. Em outras palavras é uma fase de testes, em ambiente controlado, para todas as operações previstas para o Real Digital, que, conforme o planejamento de tokenização do BC, se dará em três tipos de ativos: depósitos bancários, títulos públicos federais e, claro, a moeda brasileira.
Quanto Valerá o Real Digital?
Você deve estar se perguntando se será uma nova reforma econômica, com mudanças no valor da moeda, não é mesmo? Mas a resposta é bem simples: não se trata de uma nova reforma, mas sim uma adequação ao novo modelo de transações e do mercado financeira mundial.
É por esse motivo que o R$1 terá exatamente o mesmo valor que R$1 digital, pois são, de fato, a mesma moeda.
O Real Digital será uma Criptomoeda?
Inicialmente uma criptomoeda não possui as características de uma moeda corrente, isto é, um meio de troca, ou de reserva de valor, ou ainda de unidade de conta, mas sim de um ativo, por isso é referida pelo BC como um criptoativo.
Em contrapartida, o Real Digital (DREX) está em conformidade ao CBDC (Central Bank Digital Currency, na sigla em inglês), a moeda digital emitida pelo Banco Central, o que faz dele “uma nova forma de representação da moeda já emitida pela autoridade monetária nacional, ou seja, faz parte da política monetária do país de emissão e conta com a garantia dada por essa política”, explica Fabio Araújo, Coordenador do Real Digital do BC.
“Com uma CBDC brasileira, o BC vê potencial para a aplicação de novas tecnologias, como smart contracts, IoT (Internet of Things – internet das coisas) e dinheiro programável, em novos modelos de negócio, que aumentem a eficiência de nosso sistema de pagamentos”.
Fabio Araújo
Como será o futuro com essa nova moeda nacional?
Pouco mudará se comparado aos novos hábitos nacionais com a utilização do PIX, mas não se engane, porque há diferenças entre o PIX e o Real Digital.
Conforme explicação de Fabio Araujo, durante uma coletiva de imprensa, “O Pix é focado em serviços de pagamentos, e a plataforma do Real Digital é focada em serviços financeiros”, como compra de ativos, facilitação em operações internacionais sem que haja a necessidade de conversão. Contudo uma vez Moeda Digital, esta não poderá ser convertida em cédula.
Como o Real Digital funcionará com base na Blockchain, mesmo não sendo uma criptomoeda, todas as transações feitas serão registradas de forma segura e verificável, o que permitirá desenvolver mecanismos que garantam a prevenção à lavagem de dinheiro, ao financiamento de terrorismo ou ainda do mercado de compra e venda ilegal de armas.
Uma vez que cumpra essas diretrizes para uma CBDC brasileira, será possível, por meio do cumprimento de ordens judiciais, rastrear operações e esquemas ilícitos, o que é de grande importância para o Banco Central Brasileiro.
Como pode ver, o DREX é uma proposta para uma moeda digital oficial emitida pelo Banco Central do Brasil com o objetivo de modernizar o sistema financeiro e facilitar as transações eletrônicas, além de aumentar a inclusão financeira e reduzir a necessidade de intermediários, como bancos comerciais, para a realização de pagamentos além de contribuir com a inibição de práticas ilícitas, estimular a concorrência virtual e redução do uso do dinheiro em papel.
A previsão é de que até final de 2024 o BC disponibilize a nova moeda à toda população brasileira!
FONTE: Site do Banco Central do Brasil, Valor Econômico e SUNO Notícias
Actualizado em 03/11/2023
1 comentário
Aline, deu o help para a galera! Já era de se esperar que a tecnologia blockchain criasse uma moeda digital própria. É o Brasil avançando no mercado cripto. Tecnologia das graaaande!